SEXO, GÊNERO POPULAÇÃO LGBTQIA+ E O TEPT

By 3 de abril de 2023 TEPT

SEXO, GÊNERO POPULAÇÃO LGBTQIA+ E O TEPT

Por José Paulo Fiks

Neste mês de março o PROVE/UNIFESP e o Diretório Científico Albert Einstein realizaram um evento para discutir os achados mais recentes em tratamentos do trauma ao Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) com dados que envolvem sexo e gênero.

A maior parte dos artigos científicos sobre este tema ainda se debruça sobre o conceito de sexo como determinante biológico.

Comparativamente ainda há poucos estudos sobre elementos pertinentes ao TEPT no campo da diversidade sexual, especialmente em identidade de gênero e orientação sexual.

Mas alguns dados já são conhecidos.

Estatisticamente membros da comunidade LGBTQIA+ experimentam mais ataques, assédios, abusos e importunações sexuais.

Mulheres de minoria sexual são mais impactadas por experiências traumáticas, especialmente as de violência sexual por uma vulnerabilidade prévia, sobretudo a percepção de não pertencimento.

Pensando nisso, a respeitada ISTSS (International Society for Traumatic Stress Studies) lançou algumas diretrizes (links abaixo) contendo abordagens na área da diversidade sexual.

A maior concentração de quadros patológicos nos LGBTQIA+ são decorrentes de manifestações de ódio. Para isso a ISTSS propõe um gradual que vai da discriminação, passando pelo discurso de ódio, até os crimes de ódio.

Um olhar cultural na abordagem de cada caso também é obrigatório, considerando especialmente o estigma e a marginalização.

Lembrando: eventos com potencial traumático, especialmente os de violência sexual são a causas dos quadros mais graves de TEPT.

https://istss.org/ISTSS_Main/media/Documents/ISTSS-Global-Perspectives-on-the-Trauma-of-Hate-Based-Violence-Briefing-Paper_1.pdf

https://psycnet.apa.org/record/2022-36087-001