Feminicídio: até quando?

Por Andrea Feijó Mello

A jovem Janaína, estudante da Universidade Federal do Piauí, foi cruelmente assassinada após estupro, seu agressor cometeu feminicídio e atos de violência sexual antes e após ter asfixiado Janaína e quebrado seu pescoço. Até quando tamanha brutalidade vai acontecer em nosso País?

No 1º semestre de 2022 o feminicídio bateu recordes em nosso país com 699 mulheres mortas, de acordo com Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Neste mesmo período houve uma redução nas verbas públicas para enfrentamento da violência contra a mulher.

Os índices gerais de homicídios caem enquanto os de feminicídio crescem, como explicar tal discrepância? Políticas de proteção e prevenção ligadas ao gênero são necessárias enquanto não tivermos uma sociedade mais igualitária e educação para o respeito entre as diferenças. A condição de gênero é aqui algo importante a ser considerado, pois também o estupro é muito mais prevalente em mulheres.

Ao menos este crime vem sendo exemplarmente investigado pela delegada Nathalia Figueiredo do Núcleo de Feminicídio no Piauí, precisamos ter cada vez mais mulheres nestas posições com interesse em interromper este ciclo de violência. Assim como na Espanha o caso de investigação de violência sexual por parte de um jogador de futebol vem sendo investigado por uma juíza.