Ataques em escolas, não há uma explicação única para tal

Por Andrea Feijó Mello

Recentemente este fenômeno de ataques inesperados em escolas tem tomado as notícias em nosso país. Estudos mostram que noticiar os agressores, assim como replicar as imagens, gera uma onda de mais de ataques. Agressores parecem estar em busca de algum reconhecimento pelos atos por eles interpretados como de alguma forma heroicos.

Difícil compreender estes indivíduos tomados por um ódio aniquilador, que leva a exterminar pessoas, por vezes vistas por eles como agressores, mas por outras de modo apenas violento e sem qualquer ligação com histórias prévias compreensíveis.

Sim, temos alguns que foram antes avaliados e tidos como necessitados de atendimentos em saúde mental, porém não em todos os casos temos estas avaliações prévias capazes de atribuir a barbárie a um estado mental alterado.

Alguns fatores que parecem estar relacionados a este aumento a partir 2019, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, são: isolamento social da pandemia, exposição a violência doméstica, acesso irrestrito a conteúdos de mídia que disseminam ódio e polarização afetando as relações sociais.

No ambiente escolar debater estes temas e promover a empatia pode ser um instrumento útil para reduzir a violência.