Solidão num mundo hiper conectado

por Mariana Maciel
Epidemia de solidão?
A solidão – experiência subjetiva de insatisfação com suas relações sociais – foi identificada como sendo fator de risco para desenvolvimento de doenças como infarto, AVC, e demências.
Após a pandemia de COVID-19, e com a crescente digitalização de muitas atividades, o problema da solidão parece estar em crescimento entre adultos e particularmente na terceira idade.
Experiências traumáticas contribuem para aumentar o sentimento de isolamento do indivíduo; ao mesmo tempo, a solidão dificulta o processo de elaboração do trauma e aumenta o risco de desenvolvimento de transtornos mentais.
As conexões sociais influenciam:
- O comportamento – nutrição, atividade física, sono, cuidados em saúde.
- A biologia – sistema de resposta ao estresse, inflamação, expressão gênica.
- O funcionamento psicológico – significado e propósito de vida, sensação de segurança, resiliência diante de dificuldades.
O que fazer?
A presença de áreas de uso comum nas moradias e o uso do espaço público podem, como esperado, reduzir a prevalência da solidão.
Há evidência de que a prática de atividade física pode reverter alguns dos prejuízos causados pelo isolamento.
Algumas intervenções, como a Psicoterapia Interpessoal, focam na melhora das relações sociais como forma de tratar quadros como a depressão e o transtorno de estresse pós traumático.
Combater a solidão é parte essencial do tratamento em saúde mental!
—
Imagem: gerada no Canva
O uso de imagens serve para fins educativos e de saúde, não visa lucros.